Falta de recursos prejudica operações da Lei Seca

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Com recursos reduzidos, os agentes responsáveis pela Lei Seca estão sendo obrigados a racionar combustível a fim de garantir as operações de fim de ano. A informação é do coordenador da Lei Seca no Estado, o capitão Isaac Paiva. Assim como diversos outros setores da área de segurança do Rio Grande do Norte, a Operação vem sofrendo com a falta de efetivo suficiente para dar suporte nas abordagens e cortes de gastos que afetam o combustível em uma das mais agitadas épocas do ano.

Este ano, de acordo com o balanço feito pela coordenação da Operação, foram feitas 38.178 abordagens, em 113 operações. Ao todo, foram 10 operações a menos do que no ano de 2017, quando foram feitas também 41.211 abordagens. “Pudemos observar que esse ano mantivemos uma certa estabilidade nos números da Lei Seca. Fizemos algumas operações a menos do que no ano passado, mas não foi uma quantidade muito discrepante”, afirma o capitão.

O número de pessoas presas em operações também se manteve o mesmo de 2017 para 2018, com 91 prisões registradas em cada ano. Já o número de pessoas que se recusaram a fazer o teste e foram autuadas também teve uma queda considerável, de 24,4%. Em 2017, foram 3.076 recusas. Já em 2018, o número foi de 2.276. “Mesmo quando comparamos proporcionalmente, levando em consideração que fizemos menos operações em 2018 do que em 2017, podemos observar que houve uma queda considerável nesse número, o que é algo positivo”, afirma Isaac.

De acordo com ele, os motivos para essa redução podem ser, além do aumento da conscientização da população a respeito dos riscos de beber e dirigir, a maior rigidez da legislação para com o crime. Do ano passado para cá, o valor da multa para quem fosse pego cometendo a infração passou de  R$ 1.915 para R$ 2.934,70. “Foi um aumento de mil reais que representa um valor elevado para a média da população brasileira. O  medo de ser multado fez com que muitos condutores mudassem sua postura em relação a beber e dirigir”, explica.

Além disso, caso o condutor que ingeriu bebida alcoólica provoque um acidente que deixe vítimas fatais ou com lesões de natureza grave, o crime passou a ser inafiançável, o que tornou a lei ainda mais rígida do que era anteriormente. “Antes a pessoa que cometesse esse crime podia pagar uma fiança e responder em liberdade. Hoje, isso já não é possível”, completa.

Em relação ao perfil dos condutores autuados nas Operações, o capitão Isaac afirma que pouco mudou de 2017 para cá: são 85% de homens pegos ao volante alcoolizados, enquanto 15% do total desse tipo de infração é cometido por mulheres. “O perfil é de homens, especialmente jovens, até os 35 anos de idade”, explica.

Fonte: Tribuna do Norte

Imagem: reprodução

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