Depois da paralisação da Polícia Civil, iniciada na quarta-feira (26) e intitulada de Operação Zero, a Polícia Militar também declarou que poderá parar as atividades de rotina, caso o Governo do Estado não cumpra, até o fim da manhã dessa sexta-feira (28), o acordo feito com a categoria. A declaração foi feita pela Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais Militares e Bombeiros Militares do RN (Asspmbmrn).
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O Estado se comprometeu em realizar o pagamento do 13º salário, ainda de 2017, aos bombeiros e policiais militares nesta sexta-feira (28), após uma cobrança da Asspmbmrn. Esse é o prazo final dado pela categoria. O acordo foi fechado durante uma reunião entre a secretária de Segurança, Sheila Feitas, os comandantes das forças militares estaduais e o governador, no dia 20 de dezembro. Eliabe Marques, presidente da associação, afirmou que uma assembleia seria convocada de emergência se o acordo fosse descumprido.
Já Nilton Arruda, presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), reiterou que ao longo dessa quinta-feira (27), as delegacias em todo o Estado permanecerão fechadas. O presidente afirmou que duas reuniões foram travadas ontem com a gestão administrativa do governo, mas não houve acordo. Hoje, haverá mais uma reunião para uma terceira tentativa.
De acordo com Nilton, a secretária de Segurança pediu que a categoria cedesse um pouco e realizasse, ao menos, as prisões em flagrantes. Mas a categoria não aceitou e continua em Operação Zero, disse.
No ano passado, os agentes de segurança realizaram a Operação Segurança com Segurança, que durou 23 dias. Ao longo da greve, a violência aumentou no estado e principalmente em Natal. Por isso, a Força Nacional foi acionada e 100 homens foram enviados ao RN para tentar controlar a situação nas ruas.