Soou como música nos ouvidos de empresários ligados ao turismo a sugestão do secretário estadual de Turismo Manoel Gaspar, dada ao Agora RN, para que o próximo governo privatize os serviços do Centro de Convenções, livrando-se do custo mensal do equipamento que dobrará com a entrega das obras de ampliação.
A sugestão já integrava um documento entregue aos candidatos ao governo do Estado durante a campanha eleitoral, subscrito por entidades como a Abih (indústria hoteleira); Abrasel (bares e restaurantes); Abav (agentes de viagens) e o Natal Convention (trade turístico).
Para o presidente executivo do Natal Convention Bureau (NCB), Francisco Barbosa de Albuquerque, a privatização dos serviços do Centro é vital para a economia do RN e deveria ser tratada com absoluta prioridade pela futura administração.
“Não cabe ao governo trabalhar na expertise de eventos, que é uma área muito dinâmica e exigente e cujo resultado é fundamental para aumentar a taxa de ocupação não só na hotelaria, mas em todos os setores, dada a força econômica do turismo de evento”, acrescentou.
O presidente da Associação da Indústria Hoteleira (Abih-RN), José Odécio, foi mais longe. Para ele, a privatização dos serviços do Centro de Convenções é fundamental para que Natal não viva no futuro próximo dificuldades para atrair eventos, o que teria grande impacto negativo na economia.
Ao assegurar que se trata de uma tendência a ser seguida por outros Centros de Convenções do Nordeste, Francisco Barbosa citou o mais famoso deles – o São Paulo Expocenter -, que hoje tem dificuldade para acomodar a demanda por eventos e faturou, no ano passado, algo ao redor de R$ 100 milhões.
Com a informação, repassada pelo secretário Manoel Gaspar, de que os custos do Centro de Convenções de Natal passarão dos atuais R$ 200 mil para R$ 400 mil mensais com a entregada ampliação do equipamento – no último fim de semana – os empresários consideram a privatização dos serviços uma medida urgente, necessária e coerente.
“Com a privatização dos serviços, essa despesa seria totalmente absorvida pelo licitado e o governo passaria a contar com uma receita e não com uma despesa certa”, lembra o presidente executivo do Natal Convention Bureau.
Crédito da Foto: Governo RN/Divulgação
Fonte: http://agorarn.com.br