Casos de câncer de pele sobem 20% no RN, aponta Liga Contra o Câncer

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Se para você o verão é sinônimo de praia, calor e lazer, é bom tomar cuidado com um inimigo que pode se manifestar de repente: o câncer de pele. Segundo dados da Liga Norte Riograndense Contra o Câncer, o número de casos de neoplasias malignas (melanoma e carcinoma) em 2018 aumentou quase 21% com relação ao ano passado.

Em dez anos, o número de mortes em decorrência de câncer de pele aumentou 55% no Brasil. São cerca de 180 mil novos casos por ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), e ainda acredita-se que este número deva ser muito maior. O câncer de pele é caracterizado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a cútis.

De acordo com o dermatologista da Liga Norte Riograndense Contra o Câncer Joseli Batista de Lima, os danos causados pelos raios UVA e UVB têm efeito cumulativo na pele, que começam ainda na infância ou adolescência.

Pessoas de pele clara são mais propensas à neoplasias malignas, principalmente devido à exposição prolongada e repetida ao sol (raios ultravioletas – UV). “Na maioria dos casos, o câncer de pele tem cura. O problema é que muitos só procuram atendimento quando a lesão está séria e esse diagnóstico tardio faz toda a diferença durante o tratamento”, alertou.

De acordo com o médico, a exposição frequente à luz solar, sem proteção, contribui para a maioria dos casos de melanomas e carcinomas. A atenção deve ser redobrada em períodos do dia – entre às 10h e às 16h – em que o índice de radiação ultravioleta chega a níveis extremos. “Esse tipo de câncer surge, principalmente na fase adulta, mas não escolhe o sexo ou profissão. Vai de um surfista que passa horas no mar a um agricultor que diariamente está na roça”.

Segundo Joseli Batista, as pessoas devem suspeitar de lesões na pele que tenha surgido geralmente há meses, que não cicatrizam de modo habitual, e que podem ter o aspecto de uma mancha vermelha, um nódulo ou ferida que sangra ou forma crosta. Diante de lesões suspeitas, é preciso procurar um dermatologista para o diagnóstico e tratamento. “Quanto mais precoce for o diagnóstico, e mais cedo for instituído o tratamento correto, melhores serão os resultados”, observou.

O que aumenta o risco de câncer de pele?

– Exposição prolongada e repetida ao sol (raios ultravioletas – UV), principalmente na infância e adolescência.

– Ter pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros, ou ser albino

– Ter história familiar ou pessoal de câncer de pele

– Pessoas que trabalham sob exposição direta ao sol são mais vulneráveis ao câncer de pele não-melanoma

– Indivíduos com sistema imune debilitado

– Exposição à radiação artificial

Como se prevenir da doença?

– Praticar uma exposição solar consciente. E saber que radiação solar em excesso é, sim, prejudicial à saúde

– Evitar exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h

– Sempre que possível, ficar em lugares com sombra

– Ao frequentar lugares ao ar livre, usar roupas, bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros com proteção UV, sombrinhas e barracas

– Aplicar na pele, antes de se expor ao sol, filtro (protetor) solar com fator de proteção 30, no mínimo. Não esquecer de áreas com orelhas e lábios.

Fonte: Agora RN

Imagem: José Aldenir

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