Curado de um linfoma, o médico potiguar Gustavo Graco, 29 anos, decidiu ir além da sua vitória. Grato à sua fé pela superação da doença, ele idealizou o projeto Doe Mais RN, que estreou nesta semana nas redes sociais. O Doe Mais tem como principal objetivo passar informações e eliminar mitos sobre doações de sangue, de cabelo, de medula óssea, leite materno e demais necessidades que sustentem a vida.
“A ideia veio da necessidade de passar e esclarecer informações para o cidadão. Quem sabe onde a unidade móvel do Hemonorte se encontra num determinado dia na semana e qual seu horário de funcionamento? Então, nosso trabalho vai ajudar nisso, na prospecção e engajamento de novos doadores”, explicou.
Além da doação de sangue, o projeto vai desenvolver também ações para o aumento nos bancos de leite da cidade. “São várias pessoas querendo doar leite, mas acaba faltando até potes de vidro. É um problema pequeno que acaba prejudicando a vida de uma criança”, lamentou.
O Doe Mais RN inclui ainda as pessoas que enfrentam o tratamento do câncer e acabam perdendo os cabelos. O médico ressaltou a falta de informações para a doação de material para a confecção de próteses capilares. Além disso, ele falou que o projeto pretende contar com costureiros e cabeleireiros voluntários.
“Muitas pessoas estão fazendo mudanças radicais nos cabelos e deixando-os curtos, mas esse cabelo cortado é jogado fora por essas pessoas não saberem que podem doar”, disse.
Graco contou que no final de 2016 descobriu que estava com o linfoma em estágio avançado. Então, iniciou o tratamento e após algumas sessões de quimioterapia, a doença havia sumido. Contudo, pouco depois, o câncer retornou e de forma ainda mais severa.
“Precisei passar por um tratamento ainda mais pesado e foi necessário fazer o transplante de medula óssea, fiquei um mês internado. Tive um momento espiritual muito forte. No meio de 2017, eu fiz um exame que apontou que a doença havia sumido”, relembrou.
Com o histórico de vitória, Graco disse que pretende realizar palestras para contar sobre sua batalha, além de conquistar novos doadores de medula, que não precisa de avaliação médica inicial para o cadastramento, bastando apenas preencher o formulário, ouvir orientações da assistente social e retirar 5 ml de sangue com um técnico de enfermagem. “Num evento desse para 100 pessoas, por exemplo, quantos novos doadores poderiam se cadastrar no sistema de doações?”, questionou.
A ideia do Doe Mais RN é conseguir atingir a população por meio das redes sociais com ajuda de influenciadores digitais, publicitários, jornalistas e outros artistas. “Esses órgãos públicos não têm verbas suficientes para desenvolverem esse trabalho. Então, entrei em contato com eles para trabalhar em forma de parceria”, finalizou.
Fonte: Portal no Ar
Imagem: divulgação