As influências nordestinas transformaram o erudito em uma singular composição apresentada pela primeira vez nesta quarta-feira, 12, em audiência geral com o Papa Francisco, no Vaticano. O momento contou com a participação da Orquestra Sinfônica e do Madrigal da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), cujos acordes, sopros, toques e vozes realizaram a estreia mundial da obra Regina Coeli, do compositor e professor da UFRN Danilo Guanais. Baião, maracatu, modinha, ciranda, samba, lundu e galope foram mesclados em uma mesma peça, criada especialmente para o encontro com o pontífice.
A apresentação incluiu outras composições brasileiras, entre elas Grande Missa Nordestina, do pernambucano Clóvis Pereira, e Magnificat, de Heitor Villa-Lobos. O autor da Regina Coeli, Danilo Guanais, esteve presente no evento que marca o dia de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América Latina, comemorado com um repertório rico em brasilidade. A safra musical italiana também foi lembrada, a partir da execução de artistas como Verdi e Ottorino Respighi.
Esse foi o terceiro compromisso da turnê “UFRN 60 anos na Itália: Orquestra Sinfônica e Madrigal”, iniciada dia 9 de dezembro com apresentação na basílica de São Pedro, no Vaticano, e que também passou pela embaixada brasileira em Roma na última terça-feira, 11, com espetáculo conjunto da Orquestra Sinfônica da UFRN (OSUFRN) e do Madrigal. A turnê será encerrada nesta quinta-feira, 13, no Conservatório Licinio Refice da província de Frosinone, onde a OSUFRN dividirá o palco com estudantes locais.
A OSUFRN e o Madrigal da UFRN são projetos de extensão permanentes, em atividade desde 2009 e 1966, respectivamente. A orquestra é formada exclusivamente por alunos provenientes dos cursos técnicos e profissionalizantes, de graduação, mestrado e doutorado da instituição. O Madrigal, por sua vez, agrega estudantes da UFRN e pessoas da comunidade externa.
Fonte: Portal no Ar
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