O escritor Kolberg Luna Freire lança, na próxima quarta-feira (14), às 18h, na galeria de Fernando Chiriboga, no terceiro piso do Shopping Midway o livro “45, um tempo de futebol e de um poema”. “Eu tento resgatar a história do Castelão, Machadão e Arena das Dunas no recorte de 1972 a 2015, 45 anos daquela área esportiva”, explica o autor. O livro conta como foram 45 jogos emblemáticos ao longo desse período, retratando também um pouco do momento vivido na cidade.
Entre as partidas relembradas pelo autor estão as duas passagens da Seleção Brasileira masculina por Natal, o jogo da Seleção feminina, quando Marta quebrou o recorde de Pelé em número de gols, amistosos como ABC x União Soviética e o Fla x Flu de 2016. “São jogos que estão na memória do torcedor e que ele vai ficar satisfeito em poder resgatar”, explica. A obra tem 227 páginas, vem com imagens dos jogos e um encarte. “Nesse encarte eu trago algumas pérolas como fotos e o tradicional Cartão Amarelo do saudoso Edmar Viana, onde ele fazia as charges”, resume.
Segundo Kolberg, a ideia vem da paixão que ele tem por futebol, surgida desde a infância, quando era conduzido pelo pai aos estádios. “Vi que estava chegando os 45 anos do estádio Castelão/Machadão, embora já houvesse a Arena das Dunas e não havia por parte, nem do poder público, nem da esfera privada, nenhuma comemoração relacionada a isso”, justificou.
O livro, que ao mesmo tempo passa a ser um documento histórico sobre um momento importante do esporte potiguar, levou três anos para ser concluído. “Foram três anos de pesquisa e trabalhar com pesquisa é difícil, mas é muito prazeroso, porque você às vezes, numa determinada situação, você colhe uma informação que lhe abre portas para vários caminhos. Além da minha memória, agradeço a pessoas a quem recorri e fiz pesquisas nos jornais da época”, disse.
Kolberg Freire deixa em aberto a possibilidade de uma segunda edição da obra, uma vez que teve que deixar de fora jogos marcantes para ele. “O que me doeu foi ter que deixar apenas 45 jogos. O resgate inicial era de 57 jogos. O mais marcante que deixei de fora foi o América x Portuguesa, que foi jogado às 15h de uma quarta-feira porque no dia anterior as torres de iluminação do estádio haviam caído devido ao desgaste excessivo”, revela. O autor ainda fez questão de citar o radialista Hélio Câmara de Castro, responsável pela apresentação do livro e o ex-árbitro Anecildo Batista de Carvalho, que revisou a obra.